O mercado farmacêutico do país está blindado às intempéries da economia internacional, e os grandes laboratórios multinacionais avançam sobre a pequena e média indústria brasileira do setor. A avaliação é de Cleiton de Castro Marques, CEO da Biolab Sanus, empresa com 14 anos de existência, receita líquida de R$ 540 milhões em 2010 e vencedora do Valor 1000 na área de farmácia e cosméticos.
“Nosso negócio está relativamente blindado a oscilações e crise externa porque produzimos medicamentos para doenças crônicas e produtos hormonais. Ou seja, temos o cliente com a gente por vários anos”, explica Marques. Mais de 50% do faturamento do laboratório vem da produção e venda de remédios cardiológicos e hormônios femininos.
Durante a festa de premiação das empresas do Valor 1000, realizada recentemente em São Paulo, Marques também disse que tem recebido diversas ofertas de fusão e compra por parte de grandes laboratórios estrangeiros.
“Esse é o principal sinal da crise - a atração do mercado brasileiro. O mercado internacional está desalinhado do brasileiro. A Pfizer é a primeira do mundo, mas está em quinta posição no Brasil, então procura um meio de se expandir com fusões porque não consegue crescer mais organicamente”, ilustrou o executivo, que não revelou de quais multinacionais partiram as ofertas à Biolab.
Apesar de estar otimista com o setor farmacêutico brasileiro e projetando crescimento de 12% para este ano, Marques aposta em redução dos juros pelo Banco Central. “Em conversa com empresários e executivos de outros setores, dá para sentir uma tendência de redução nos juros.”
Fonte: Valor Econômico
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