Das quatro categorias especiais do Prêmio Mercosul de Ciência e
Tecnologia deste ano, duas saíram para estudantes brasileiros e em uma
terceira foi premiado um grupo com participação de cientistas
brasileiros. A temática desta edição foi inovação tecnológica na saúde. A
solenidade de entrega dos prêmios foi realizada na noite de ontem (25)
no auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
Na categoria Estudante Universitário o vencedor foi Ivan Lavander
Cândido Ferreira, 21 anos, que cursa ciências biológicas na Universidade
de São Paulo (USP) e o Prêmio Jovem Pesquisador ficou com Rafael
Polidoro Alves Barbosa, 27 anos, doutorando em bioquímica e imunologia
pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Ferreira recebeu um prêmio de US$ 2 mil por um estudo do uso de
substâncias do veneno da aranha Nephilengys cruentata no desenvolvimento
de fármacos antimicrobianos e Barbosa ganhou US$ 5 mil por um trabalho
sobre o uso de vacinação com vírus influenza e adenovírus como resposta
imunológica e proteção contra a doença de Chagas.
A categoria Integração, dada a cientistas seniores que desenvolvem
trabalhos em grupo, ficou com três argentinos e dois brasileiros que
produziram formulações sólidas e líquidas de Benznidazol para combater o
Mal de Chagas. O grupo recebeu um prêmio de US$ 10 mil.
A categoria Iniciação Científica distinguiu a peruana Kathya Linette
Mimbela Barrera, de 16 anos. A estudante do ensino médio recebeu US$ 2
mil por um trabalho que teve como objetivo solucionar o problema da
sedimentação e absorção de chumbo do Rio Rimac, no Peru, usando o
carbonato de cálcio presente na casca de ovo, aliada à técnica da
biadsorção com o caroço da azeitona que contém um íon conhecido como
carboxilo, que absorve outros metais.
Criado em 1998 para promover a cooperação técnica e científica em temas
de interesse do Mercosul e dos países a ele associados, o prêmio tem
respaldo das agências de cada país, sob coordenação da Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Segundo o secretário de Desenvolvimento do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação, Álvaro Toubes Prata, o objetivo do prêmio é
desenvolver ações de redução das desigualdades sociais, de modo a que as
populações do continente alcancem melhores patamares de qualidade de
vida. No seu entender, a premiação funciona como um estímulo para que
pesquisadores de todos os níveis se engajem ao processo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário